A palavra “arquétipo” representa um conceito complexo que, embora seja denso, pode ser compreendido por meio de explicações gerais. Arquétipos são impressões inconscientes que as pessoas possuem sobre algo ou alguém e que influenciam sonhos, fantasias e até mesmo comportamentos. Eles são “personagens” que sintetizam os principais tipos de pessoas, buscando simplificar algo tão complexo quanto os seres humanos.
Neste artigo, exploraremos O que são arquétipos? Quais são os mais conhecidos? Por que eles existem? Como surgem?
Sobre os Arquétipos de Jung
Lorem Ipsum is simply dummy text of the printing and typesetting industry. Lorem Ipsum has been the industry’s standard dummy text ever since the 1500s, when an unknown printer took a galley of type and scrambled it to make a type specimen book. It has survived not only five centuries, but also the leap into electronic typesetting, remaining essentially unchanged.
O que são arquétipos?
Cada indivíduo tem suas próprias experiências e, a partir delas, forma imagens e percepções em sua mente. O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, por meio de estudos e observações, percebeu que existe uma estrutura semelhante em relação às imagens que construímos sobre as pessoas em geral. Por exemplo, a figura materna é geralmente vista como amorosa e cuidadosa, assim como a figura dos mais velhos é comumente associada à sabedoria.
Dessa forma, os arquétipos são modelos considerados clássicos que representam determinados grupos de pessoas. Eles incluem personalidades, características, atitudes e até mesmo atributos físicos associados a esses grupos.
Uma maneira mais simples de entender os arquétipos é considerar os animais. Quando pensamos em um leão, logo imaginamos uma figura forte e destemida, o rei da selva. Já a águia é vista como um ser com visão extraordinária e, por isso, é usada como sinônimo de liderança e independência. A cobra, por sua vez, é considerada traiçoeira, pois se move sorrateiramente até encontrar uma presa e ataca sem ser percebida.
Observe que cada animal simboliza um tipo de comportamento, algo tão enraizado em nossa mente que muitas vezes usamos esses símbolos para nos referirmos a outras pessoas. É o que acontece quando dizemos que alguém tem visão de águia ou que é uma cobra venenosa devido a sua atitude negativa, por exemplo. São aspectos que simplesmente pensamos sem perceber como surgiram, pois vêm do nosso inconsciente.
Como os arquétipos surgem?
De acordo com Jung, os arquétipos são construções do inconsciente coletivo, ou seja, são conhecimentos compartilhados por toda a humanidade e transmitidos de geração em geração, mesmo que não saibamos exatamente como cada arquétipo surgiu.
O arquétipo da mãe amorosa e protetora, por exemplo, não foi inventado ou estabelecido por uma única pessoa. Ele é de conhecimento público, pois as experiências relacionadas ao conceito de maternidade ao longo da história da humanidade levaram ao desenvolvimento desse arquétipo. Muitas mães ao longo da história demonstraram amor e afeto, contribuindo para a construção dessa imagem em várias pessoas e em diferentes lugares e momentos da história.
É claro que nem todas as mães são amorosas e protetoras, o que evidencia outra característica importante dos arquétipos: eles não abrangem todas as características da humanidade, o que seria impossível. Eles apenas representam uma generalização criada pelo inconsciente coletivo da humanidade.
Quais são os 12 arquétipos de Carl Jung?
A partir de seus estudos e experiência como médico psiquiatra e psicoterapeuta, Jung elaborou uma lista de 12 arquétipos que representam padrões de comportamento e características predominantes nas pessoas, empresas e outras organizações. Esses arquétipos são símbolos presentes no inconsciente coletivo. A seguir, estão suas principais características.
O Criador
Acredita que tudo o que imagina pode ser realizado. Deseja criar coisas de valor duradouro e teme ser apenas mais um na multidão. Também é conhecido como artista, inventor, inovador, músico, escritor ou sonhador.
Pontos fortes: criatividade e imaginação.
Limitações: perfeccionismo e tédio.
O Governante
Busca exercer poder e ter controle sobre as coisas em todas as áreas. Teme ser derrubado e perder o poder. Também é chamado de chefe, líder, aristocrata, rei/rainha, político, modelo, gerente ou administrador.
Pontos fortes: liderança e responsabilidade.
Limitações: autoritarismo e dificuldade em delegar tarefas.
O Cuidador
Deseja ajudar os outros e teme situações de egoísmo e ingratidão. Conhecido como santo, altruísta, pai, ajudante e apoiador.
Pontos fortes: generosidade e compaixão.
Limitações: esquecimento de si mesmo e exploração por aproveitadores.
O Indivíduo Comum
Deseja pertencer a um grupo e teme ser deixado de lado. Também é conhecido como velhinho bondoso, bom vizinho, realista, trabalhador e cidadão de bem.
Pontos fortes: empatia e senso de realidade.
Limitações: desperdiça tempo em relacionamentos superficiais e teme o destaque.
O Amante
Valoriza relacionamentos íntimos e experiências. Teme estar só e não ser amado. Conhecido como parceiro, amigo e formador de equipes.
Pontos fortes: paixão, compromisso e gratidão.
Limitações: tendência a agradar e agir contra a própria personalidade.
O Tolo
Vive o momento sem se preocupar com a opinião dos outros. Deseja viver com prazer e teme o tédio. Também é chamado de brincalhão e comediante.
Pontos fortes: alegria, otimismo e vitalidade.
Limitações: ingenuidade, irresponsabilidade e perda de tempo.
O Herói
Busca mostrar seu valor por meio de atos corajosos. Teme demonstrar vulnerabilidade. Também é conhecido como salvador, vencedor, guerreiro e soldado.
Pontos fortes: coragem, honestidade e competência.
Limitações: arrogância e necessidade de sempre ter algo pelo qual lutar.
O Rebelde
Contrário às regras, busca mudar o que não funciona mais. Teme não conseguir agir para fazer isso acontecer. Também é chamado de revolucionário, desajustado ou selvagem.
Pontos fortes: energia e inovação.
Limitações: resistência à autoridade e impulsividade.
O Sábio
Busca conhecimento e compreensão profunda do mundo. Teme a ignorância e a falta de sabedoria. Também é conhecido como professor, filósofo, pesquisador, conselheiro e mentor.
Pontos fortes: sabedoria, análise crítica e perspicácia.
Limitações: isolamento e dificuldade em comunicar-se com clareza.
O Inocente
Acredita na bondade intrínseca das pessoas e busca a simplicidade. Teme a corrupção e a experiência negativa. Também é chamado de criança, ingênuo, otimista e idealista.
Pontos fortes: pureza, fé e esperança.
Limitações: ingenuidade excessiva e vulnerabilidade.
O Explorador
Busca aventura e descoberta, tanto interna quanto externamente. Teme a estagnação e a sensação de estar preso. Também é conhecido como viajante, pioneiro, aventureiro e pesquisador.
Pontos fortes: independência, curiosidade e coragem.
Limitações: impaciência e falta de comprometimento.
O Mago
Busca a transformação pessoal e o conhecimento oculto. Teme o mal uso de seus poderes e a manipulação. Também é chamado de visionário, xamã, místico e líder espiritual.
Pontos fortes: sabedoria transcendental, habilidades intuitivas e capacidade de manifestação.
Limitações: arrogância e manipulação de poder.
É importante ressaltar que os arquétipos não são categorias fixas e rígidas, mas representam aspectos e padrões psicológicos que podem se manifestar em diferentes graus em cada indivíduo. Além disso, uma pessoa pode apresentar predominância de um ou mais arquétipos ao longo da vida, e essas características podem se modificar e evoluir com o tempo.
Exemplos de Arquétipos em Personagens Famosos
Os arquétipos são padrões de personalidade universais que podemos identificar facilmente em filmes, literatura e até mesmo na vida real. Eles nos ajudam a compreender melhor os diferentes aspectos da psicologia humana. A seguir, apresento uma lista de personagens famosos que exemplificam cada arquétipo:
- O Criador: Tony Stark, também conhecido como Homem de Ferro, do Universo Cinematográfico da Marvel.
- O Governante: Simba, de O Rei LeãoO Cuidador: Mary Poppins, do filme homônimo.
- O Indivíduo Comum: Bilbo Bolseiro, de O Hobbit.
- O Amante: Romeo Montecchio, de Romeu e Julieta.
- O Tolo: Hagrid, de Harry Potter.
- O Herói: Superman, das histórias em quadrinhos.
- O Rebelde: Katniss Everdeen, de Jogos Vorazes.
- O Mágico: Merlin, da lenda do Rei Arthur.
- O Inocente: Forrest Gump, do filme de mesmo nome.
- O Explorador: Lara Croft, da franquia Tomb Raider.
- O Sábio: Yoda, de Star Wars.
Concluindo, os arquétipos são um assunto fascinante e abrangente que merece ser explorado. Eles representam grupos de pessoas com base em suas características mais expressivas. Ao estudar e compreender os arquétipos, podemos ganhar uma compreensão mais profunda da natureza humana e das diferentes facetas da personalidade. Além disso, os arquétipos desempenham um papel crucial na criação de personagens envolventes em filmes, literatura e outras formas de mídia. Ao reconhecer e identificar os arquétipos presentes nessas obras, podemos apreciar e analisar melhor as motivações e jornadas dos personagens. Em suma, os arquétipos são ferramentas valiosas para a exploração e compreensão da complexidade do ser humano.